Como visto nestes últimos anos, a prática regular do Treinamento de Força (TF) é uma estratégia essencial para os ciclistas, pois além de prevenir lesões, melhora à economia de pedalada aumentando o desempenho em curto (< 30 min) e longo (> 30 min) tempo.
Entretanto, muitas dúvidas ainda são comuns sobre o tema e o mérito do TF para ciclistas ainda é bastante debatido, principalmente as relacionadas ao aumento da massa muscular e desempenho, e a intensidade do TF (muitas repetições com baixa carga ou poucas repetições com alta carga) a ser realizada.
A hipertrofia muscular induzida pelo TF pode em teoria, aumentar a massa corporal total e, assim, reduzir VO2max relativo (Vo2 máx absoluto / massa corporal).
No entanto, o treinamento de endurance é a principal atividade dos ciclistas, e um volume relativamente grande (> 4 sessões treinamento de endurance / semana) parece atenuar a resposta hipertrófica do treinamento de força (BAAR, 2014).
Em acordo ao estudo de Baar (2014), atualmente, estudos também já apontaram que a implementação do treinamento de força para ciclismo de endurance não resultou em hipertrofia muscular ou redução da densidade capilar em ciclistas altamente treinados; e além disso, produziram maiores ganhos de desempenho em teste de longa duração (>30 min) (Aagaard et al., 2007, 2010).
E para finalizar, um outro ponto que merece destaque é a continuação do TF durante o período de competição, pois preserva a massa muscular e o aumento da força adquiridas no período preparatório, melhorando os determinantes de performance (RØNNESTAD; HANSEN; RAASTAD, 2010). Entretanto, mais uma vez, lembre-se de que o desempenho final é multifatorial.
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Por: Rhaí André