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09/03/2018

Christian

Recuperação ativa para remover lactato mitos e fatos

Sabe aquela corridinha ou aquele pedal de intensidade moderada que você foi encorajado a fazer depois do seu treinamento? Pois bem, essa atividade é conhecida como recuperação ativa e baseou-se principalmente no seu efeito sob a remoção de lactato pós-exercício.
Primeiro, é verdade que a recuperação ativa remove mais rapidamente o lactato. Entretanto, qual o motivo de tentar uma remoção mais rápida? É mito ou fato que ele causa fadiga?

Mito! O lactato não causa fadiga.

Pesquisadores mostraram que uma redução do PH no músculo/sangue (através da ingestão de NH4Cl pelos atletas) afetou negativamente o desempenho no ciclismo em um contra relógio.
E essa queda, foi acompanhada por uma baixa concentração do acido (CORREIA-OLIVEIRA et al., 2018).
Um exemplo é o atleta especialista em sprint que ao final de um mesmo exercício (Sprint), apresenta maior concentração e melhor desempenho que atleta de maratona (endurance).
Desta maneira, se o lactato fosse o causador de fadiga, o atleta sprinter teria um desempenho pior que o de maratona.
Portanto, uma pessoa mais bem condicionada em exercícios de predominância anaeróbia lática, produzem mais deste acido comparada as não condicionadas. Isso ocorre em razão de uma maior eficiência do metabolismo glicolítico.
Bom, mas o que é lactato?
É um produto da via do metabolismo energético glicolítico. Essa via é utilizada para fornecer energia e sustentar os exercícios de alta intensidade.
Geralmente, quanto maior a intensidade do exercício, maior a concentração no músculo e consequentemente no sangue.
Entretanto, essa alta concentração após exercício de alta intensidade é apenas uma associação entre eles, porém sem causa e efeito.
Após o treino, o lactato formado é removido rapidamente pelo coração, fígado e músculo, voltando a seu nível de repouso 90 minutos após o exercício de alta intensidade.
Para finalizar, o nosso corpo o utiliza com fonte de energia, e pesquisadores têm investigado o efeito da suplementação de lactato sob desempenho esportivo.
Portanto, se você executa a recuperação ativa para remover lactato visando a próxima sessão de treinamento que acontecerá no outro dia, não se preocupe.
E aquela queimação? É o lactato?
Também não. Mas vamos deixar esse assunto para uma próxima conversa.
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Por: Rhaí André

 

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CHRISTIAN DRUMOND

Cardiologista, Pós graduado em Medicina do Esporte, Coach, Ciclista “Old School”, Apaixonado por MTB, e Fundador do Segredos do Mountain Bike.

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